Hoje coloquei depois de muito tempo meus brincos da sorte, aqueles que você me deu, lembra? Duas luas, uma cheia e outra crescente.
Eu precisei viajar, para resolver minha vida provisional, e como sempre fazia os levei comigo, tirei-os do fundo da gaveta coloquei novamente.
Lembra do coelho, aquele que resolvemos chamar de cachorro? Ainda está guardado ou melhor, escondido junto com o cartão sem assinatura e as pétalas de rosas, tudo junto dentro de um saco no fundo de um baú. Espero que você não se importe, claro que não vai, mas resolvi dar o coelho de presente a uma criança, quero que ele possa fazer feliz alguém, como me fez um dia.
O cartão vou reler e depois jogar fora, pensei em guardar junto com os do outros amores, mas os outros foram amores que acabaram e o seu nunca foi amor, você tentou mais não conseguiu me amar, por isso não acho certo misturar tentativas com certezas. Vou jogar fora junto com as pétalas, não que não tenha sido importante, foi, muito.
Não quero mais porque você nunca me amou, ao contrário de mim, que o amei com tudo o que pude e o que não pude.
Dei a você tudo o que podia, tolerei tudo o que nunca poderia tolerar de alguém.
Hoje só quero que saibas que ao rever tudo, usar meus brincos novamente, estou libertando você de mim, tirando você de dentro de mim, não vou esquecer, até porque amor não se esqueci, mas se libertam.
Estou libertando você, estou me libertando. Estou deixando minha alma e meu coração livres para encontrar um amor, uma amor que me ame assim como eu vou ama-lo.
Não precisa ser para sempre, até porque o pra sempre sempre acaba. Mas quero uma amor eterno, como dizia o poeta, "eterno enquanto dure", como foi o eu amor por você.
Maria Rodrigues.
15/10/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário