Não são palavras contrárias como muita gente pensa, ao contrário, existe uma linha tênue que separa as duas. Eu costumo dizer que amor e ódio são praticamente a mesma coisa. Elas caminham de mãos dadas e qualquer deslize pode fazer uma se tornar a outra.
Amor virar ódio e ódio virar amor, posso falar com segurança porque as duas já aconteceram comigo, já amei muito alguém que passei a odiar depois e já odiei alguém que passei a amar.
Digo que essas palavras não são contrárias porque para mim o contrário do amor é a indiferença. O que pode ser pior do que aquele alguém que você ama não sentir absolutamente nada por você?
O que pode ser pior do que ela não lembrar de você em nem um instante da vida dela?
Indiferença não se sente, indiferença é nada, você não precisa de nada.
Pra odiar alguém, assim como para amar, você precisa dedicar tempo, você passa horas pensando na pessoa ela existe para você, você fica horas planejando uma maneira de fazê-la se dar mal.
O que é preferível, a pessoa que você ama, não conseguir nem ao menos dormir porque está tentando descubrir um jeito de fazer você se dá mal ou a pessoa que você ama, simplesmente nem lembrar do seu nome, número do seu telefone ou seu endereço?
Indiferença é tirar a pessoa da sua agenda de telefones, até porque ninguém guarda um número que não vai mas precisar, é simplesmente fazer a pessoa sumir, é passar ao lado e nem ao menos lembrar se um dia aconteceu algo entra vocês.
A sutil diferença entre amor e ódio é que as duas precisam de dedicação, de cuidado.
Indiferença sim é o antônimo de amor, porque indiferença não se senti.
É por isso que entre indiferença e ódio que prefiro que sintam odio de mim.
Maria Rodrigues.
27/06/2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário